CRENÇAS AMBIENTAIS, UM NOVO MUNDO POSSÍVEL?
Abstract
Atualmente existe em consenso entre pesquisadores sobre o aquecimento global antropogênico (influenciado pelo impacto ambiental das atividades humanas) e que as transformações comportamentais, econômicas e sociais são fundamentais para a manutenção da vida (JUNGES; MASSONI, 2018). Diante disso, ao contemplar o desenvolvimento e a celeridade dos impactos ambientais, se faz necessário reflexões sobre qual ponto de vista ou valores embasam a relação pessoa-ambiente?
No que diz respeito a essa questão, a Psicologia Ambiental, campo da Psicologia que se dedica aos estudos pessoa-ambiente, possui a grata (ou ingrata) tarefa de ressaltar que os dilemas socioambientais são responsabilidades de nossos atos, de nossa gestão e de nosso modelo socioeconômico. Para Pinheiro (1997), a crise ambiental é, na verdade, uma crise de pessoas-nos-ambientes, isso significa que nossas organizações e modos de vida impactam diretamente o sujeito ambiental. Dessa maneira, nossos valores e crenças ambientais precisam ser ressignificados, afinal, somos mais dependentes do nosso ecossistema do que podemos imaginar.
Para buscar respostas frente ao questionamento levantado, este artigo foi organizado a partir dos seguintes temas: um breve panorama histórico da relação pessoa-ambiente e as possíveis contribuições/provocações da Psicologia Ambiental.